sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ação Social no combate a mendicância e trabalho infantil

Para ajudar no combate ao trabalho infantil e na mendicância em Camocim, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, no ano de 2008, viabilizou um curso, para a formação de Educadores Sociais, no qual os mesmos atuariam na abordagem direta as crianças que se encontram exercendo o trabalho infantil e mendigando nas lanchonetes situadas na avenida beira mar e em outros pontos estratégicos da cidade. O curso foi ministrado pela ONG Curumim de Fortaleza, que tem uma vasta experiência na área.
Em 2009, iniciaram-se os trabalhos, coordenados pelo CREAS- Centro de Referência Especializado da Assistência Social. O trabalho dos educadores consiste num diálogo antirrepressivo e esclarecedor sobre os males proporcionados pelas atividades consideradas, penosas, insalubres e vexatórias. O educador social recolhe os dados da criança e família, e a partir da coletagem de informações inicia o trabalho dos assistentes sociais e psicólogos.
Para a Coordenadora do CREAS , Wilsinara Rodrigues , houve um retrocesso nesta deficiência social em Camocim, principalmente na orla marítima, que, segundo a mesma era o ponto de maior atuação das crianças, tanto para a mendicância como para a venda ambulante de espetinhos.
“Graças a este trabalho de busca ativa conseguimos fazer um mapeamento da situação e realizamos alguns encaminhamentos, entre eles, uma audiência pública com os empregadores autônomos de tapioqueiros” disse Wilsinara.
Durante a audiência, o promotor Dr. Hugo Alves Costa Filho advertiu sobre a proibição total de crianças e adolescentes até 16 anos na venda de tapiocas, em caso de persistência haverá uma abertura de procedimento na promotoria.

2 Comentários:

Francis Dalva disse...

Crianças pobres precisam de escola e ocupação adequada quando estiverem fora da sala de aula. Senão a tendência é trabalhar para ajudar no sustento da família. A necessidade sempre fala mais alto.
Com 16 anos eu e muitos adolescentes de minha geração (décadas de 60 e 70) já trabalhavam até dois expedientes e estudavam a noite.
E nem morri. é uma questão em que os pais devem aconselhar. O que é pior? Ajudar no sustento da família ou perambular pelas ruas e se expor a marginalidade? É um problema complexo que deve ser discutido com toda a sociedade. Escolas em tempo integral para essas crianças e adolescentes carentes seria uma solução.

Wilsinara disse...

Quem está nas ruas... está mais próximo de organizações envolvidas com o tráfico de drogas todos os "tipos de violência" entre elas a prostituição infantil. Quem dá esmola não pretende nada disto. Mas muitas vezes, por desconhecer os atendimentos que são ofertados, você acaba contribuindo para que a esmola se transforme em uma verdadeira indústria, atraindo crianças, jovens e adultos para as ruas, expondo essas pessoas aos riscos da violência urbana. Acreditar que através de programas sociais é possível motivar crianças e adolescentes há ocupar seu tempo ocioso fora da escola, através de atividades sócio-educativas e sócio-esportivas, é o fundamento de maior relevância, então ao serem identificados pelos Educadores Socias do CREAS( crianças e adolescentes), durante a "Busca Ativa realizada" ,estas são encaminhadas a Ações de Contra "Turno Escolar" em programas existentes no município :PETI com suas jornadas ampliadas ;AABB Comunidade com suas atividades de lazer e esporte,Poló etc..Todo um acompanhamento psicossocial é feito a essas famílias da Busca Ativa..

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