
Até o momento, o sistema local de saúde notificou 413 casos suspeitos de Dengue, sendo que 20 já foram confirmados laboratorialmente (15 na zona urbana e 5 na zona rural). Segundo a investigação epidemiológica da Coordenação de Endemias, as pessoas da zona rural vitimadas pela dengue foram picadas pelo mosquito Aedes Aegypti na zona urbana de Camocim ou em cidades vizinhas.
O índice de infestação predial (IIP%) de Camocim não ultrapassou a marca de 1,5% no período mais chuvoso, evitando uma transmissão mais intensa do vírus da Dengue. No 1º ciclo de visita domiciliar o IIP% foi de 1,31%. No 2º ciclo subiu para 1,41% e está encerrando o 3º ciclo com um índice em torno de 0,7%. “Estes resultados colocam o nosso programa de controle da Dengue em um patamar bem acima da maioria dos municípios cearenses, e de outras unidades da federação, e é fruto de um trabalho planejado, bem executado, supervisionado, árduo, persistente e inovador. Toda a equipe de Endemias e Zoonoses de Camocim está de parabéns, bem como a Secretária de Saúde e o Prefeito Municipal que não mediram esforços para suprir as necessidades operacionais da coordenação”, comenta Dr. Osvaldo Pereira, Veterinário e Coordenador do Departamento de Endemias e Zoonoses.
O programa de controle da Dengue desenvolvido pelos Agentes de Endemias de Camocim funciona durante todo o ano, com ações de bloqueios de casos suspeitos, mapeamento dos focos, monitoramento semanal de todos os focos e dos imóveis circunvizinhos, monitoramento semanal de pontos estratégicos e recolhimento semanal de pneus. A Coordenação de Endemias realiza ainda a sensibilização da comunidade através da entrega de uma carta alerta aos donos de imóveis positivos, produzida em parceria com o Ministério Público, através do Promotor Dr. Hugo, e a realização de mutirão de limpeza em períodos mais críticos de infestação predial, em parceria com o TG.
“O período mais crítico já está terminando e conforme havíamos comentado no final de 2010, a nossa estrutura operacional e o nosso programa, implantado a pouco mais de 3 anos, nos possibilitaria passar por este período crítico sem epidemias. E que o risco existia, mas era pequeno, ao contrário do que a mídia estadual e federal tinha previsto em suas análises. Sabemos que é difícil erradicar o mosquito da Dengue, mas já provamos que mantê-lo sobre controle é possível, afinal, nunca na história desse município tivemos 4 anos consecutivos com o IIP% do Aedes Aegypti sobre controle e o que é melhor, sem epidemias de Dengue”, explica Dr. Osvaldo Pereira.
Ludovica Duarte, com informações da Coordenação de Endemias e Zoonoses.
Foto: Denilson Siqueira
1 Comentário:
se a populacao tivesse conhecimento da real condicao de trabalho dos agentes.os chamariam de herois.
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