O setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, com apoio do Tiro de Guerra de Camocim, está realizando de 2 a 6 de maio um mutirão para eliminar depósitos inservíveis que possam se tornar propícios à reprodução do mosquito Aedes aegypti. Durante esse período, residências no município serão visitadas por 1 agente de endemias e por 1 recruta do Tiro de Guerra que, com a permissão dos moradores, estão em busca nos quintais e áreas de serviço de vasilhas e recipientes que possam ser criadouros do mosquito; os agentes também entregam panfletos informativos e fazem aplicação de larvicida em locais suspeitos de conter focos do mosquito transmissor da doença. Esta ação tem como objetivo principal manter o índice de infestação predial que é medido a cada 100 casas visitadas.
Nos dois primeiros ciclos de trabalhos realizados pelo setor de Endemias dos meses de janeiro a abril de 2011, o índice de infestação predial em Camocim ficou em 1,35%, ou seja, para cada 100 casas visitadas 1,35% tinha foco positivo de Aedes aegypti, explicou o médico-veterinário Osvaldo Pereira, da Coordenadoria de Endemias e Zoonoses do município. Segundo o médico o Ministério da Saúde relata que nos índices iguais ou inferiores a 1% os riscos de ocorrer epidemias são reduzidos. Os bairros que têm índice acima de 1% são: Centro, Coqueiros, Brasília, Cruzeiro, São Pedro e Boa Esperança. Em todo o município foram registrados 9 casos positivos de dengue sendo 3 notificados no Centro, 2 no Bairro Brasília, 1 no Bairro Olinda, 1 no Bairro Cruzeiro e 2 na Zona Rural. “Considerando-se que a estação invernosa é o período de maior invasão do mosquito, podemos dizer que em Camocim temos o controle satisfatório da infestação”, disse o coordenador.
Outra etapa do mutirão será realizada ainda neste mês, dos dias 23 a 27, reforçando as medidas preventivas, mesmo com os baixos índices de foco positivo. O departamento de Endemias e Zoonoses realiza esta ação como procedimento estratégico de combate ao mosquito da dengue e não como medida emergencial, como ocorre em outros municípios.
Na foto: Agente eliminando pneu velho que poderia servir como local de reprodução do mosquito da dengue. (Denilson Siqueira/arquivo)
Denilson Siqueira
1 Comentário:
O problema é cultural. A ignorância de parte da população ainda pensa que quintal é local de se jogar lixo. É a cultura de esperar sempre que a prefeitura faça alguma coisa e cuide do seu quintal e até de seu lixo doméstico. Aqui em Camocim, tem urubu que esculhamba a Prefeitura 24 horas, mas mantém focos do mosquito da dengue em seu próprio quintal só pra botar a culpa no prefeito. Tenho informações de gente, que, se as equipe passarem dez vezes em sua casa, em todas as visitas encontra focos do mosquito. Aí, adoeçe, morre e a culpa é do prefeito. Até quando Camocim vai ser desse jeito?
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