quarta-feira, 2 de junho de 2010

Projeto de cultivo de algas desenvolvido em Camocim atrai grandes investimentos

Após a analisar o real potencial da algicultura no litoral camocinense, através do Projeto Piloto Algacim, desenvolvido pela Administração Camocim é do Povo, foi diagnosticado que o município tem a vantagem de ter o 2º maior banco natural de algas marinhas, da espécie Hypnea muciformes, sendo destaque no Ceará como o 1º município que possui o cultivo dessa nova espécie, utilizando mão de obra capacitada, introduzida em quase todo o litoral de Camocim, com metodologia apropriada de cultivo para as intempéries para essa alga marinha.
Com isso, Camocim está inserido no grupo de municípios Pólos de Algicultura integrante do Projeto Algas do Ceará, que incentivará a produção de algas úmidas no litoral cearense, fomentado pela Empresa Sete Ondas Biomar, juntamente com o Governo do Estado, através da ADECE – Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará, Banco do Brasil, Sebrae e Prefeituras Municipais.
Além do cultivo, Camocim será o banco de mudas da espécie Hypnea muciformes, responsável por repassar para os demais municípios inseridos no projeto. Os algicultores camocinenses serão qualificados para o trabalho pela Biomar, em parceria com o Sebrae, no que diz respeito às tecnologias de produção de algas úmidas. Em contrapartida a empresa irá adquirir a matéria-prima de que necessita com a qualidade desejada para a demanda da fábrica a ser instalada em Chorozinho.
A algicultura surgiu em Camocim como alternativa viável para a pesca artesanal costeira, visando uma melhoria de vida com novos meios de geração de renda. O projeto existente na Praia do Xavier foi propagado no litoral camocinense para as principais praias de potencial turístico e econômico como Maceió e Tatajuba. Cerca de 200 famílias formam a mão de obra do projeto, buscando na algicultura uma realidade de emprego e renda sustentável na pesca e aqüicultura de Camocim.
Em consequência da parceria com a BIOMAR serão montados em Camocim quatro Condomínios de Algicultura. Esses condomínios são basicamente grupos de pescadores, marisqueiras e jovens das localidades Xavier, Maceió e Tatajuba, com Regimento Interno do Comitê Gestor do Projeto Algas do Ceará, que tem por finalidade articular e fomentar, o planejamento e implementação dos critérios técnicos, organizacional e de gestão para a promoção da algicultura no estado do Ceará.
Além de Camocim, a empresa fomentará investimentos também nos municípios de Acaraú, Trairi, Paracuru, São Gonçalo do Amarante, Aracati e Icapuí.

Fonte: Leonel Ferreira, engenheiro de pesca e técnico ambiental da SMDS.

Nas fotos: Algicultores da Praia do Xavier nos primeiros passos do cultivo no Projeto Algacim (1); comunidade da Praia do Maceió aprendendo novas técnicas para a implantação do projeto (2); e modelo da balsa de cultivo de algas marinhas, que será instalada pela empresa Biomar (3).

Conheça mais detalhes sobre o Projeto Algas do Ceará nas matérias publicadas nos prinicipais jornais do estado:

Diário do Nordeste – Caderno Negócios

O Povo – Coluna Vertical S/A

Jornal O Estado – Caderno Economia

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